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Que a força do medo, que não tenho
Se, não me importa ver do que anseio
Que a vida, e tudo mais que acredito
Não me tape os ouvidos, a boca e o meio
Porque metade de mim, é o que grito
A outra metade, é conforto no teu seio
Que as palavras que falo e as repito
Não sejam ouvidas como prece
nem repetidas com fervor
Nem o som da minha voz, do meu apito
Porque metade de mim, é o que faço
A outra metade é a força do meu laço
Que essa vontade mórbida de partir
Se transforme em paz, e que eu a mereça
Que a dor não corrompa meu desfalir
Que ao teu dedicado amor, eu obedeça
Mais, metade de mim é o que penso
A outra, são lágrimas no meu lenço.
Que se afaste de mim a solidão
O espelho, meu algoz e meu amigo infiel
Alimente os sonhos do meu coração
Assim, doce, suave, como puro mel
Porque, metade mim é amor, amém
A outra metade é amor, também.