Vazio

Vejo-te só... sempre tão distante

De toda a eternidade que te acolhe...

E assim será até que se desfolhe

Este sonho que vestes como infante.

Desejos pairam sobre teu semblante

Adormecido, mesmo que só lhe

Dancem agouros mórbidos e que olhe

Por ti apenas um cego, um amante

Trêmulo desfazendo a realidade

A tua volta em um baluarte

De sonhos e ilusões das mais benditas.

Mas viverás ao ver a claridade

Desmascarar teu sonho, e revelar-te

O vazio no qual te precipitas?

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 07/12/2006
Código do texto: T311951