Vejo-te só... sempre tão distante
De toda a eternidade que te acolhe...
E assim será até que se desfolhe
Este sonho que vestes como infante.
Desejos pairam sobre teu semblante
Adormecido, mesmo que só lhe
Dancem agouros mórbidos e que olhe
Por ti apenas um cego, um amante
Trêmulo desfazendo a realidade
A tua volta em um baluarte
De sonhos e ilusões das mais benditas.
Mas viverás ao ver a claridade
Desmascarar teu sonho, e revelar-te
O vazio no qual te precipitas?
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