Soneto da chuva

Céu negro, tétrico, sem lua.

Noite sombria, embaçada, chuvosa.

Vida lânguida, mórbida, escabrosa.

Devido a falta da companhia tua.

Olho da janela a solitária rua.

Lembro de tua face lívida, formosa.

Tua candidez fulgente, radiosa.

Que dissipa e dispersa a treva crua.

Vem! Porque desejo ter-te aqui presente.

Não me importa se a lua foi embora,

Pois, sei que és minha estrela cadente,

Eu sei que és o raiar de nova aurora.

Amemo-nos de forma bem ardente,

Porque a noite é fria e a chuva cai lá fora.

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Em: As Horas, Santa Izabel do Pará, Janeiro de 2005...

O meu mais premiado soneto, classificado no II Concurso Nacional de Poetas do Brasil (2007) e publicado na Antologia Poética do Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus (2009)

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 20/07/2011
Código do texto: T3107415
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