Niilismo

Irrompe o caos em são discernimento

E, ao que parece, pouco faz sentido.

Tomba o febo. No vésper rubescido,

Fito a orla. Galga o dia pachorrento.

Questões ancoram sem rota a seguir.

Singro em mim, mar revolto, divagando

Sob Antares, ao carma de audaz mártir.

Verdades sem respostas, até quando?

Quiçá respostas não haja às verdades.

Escureza. Nas sombras do infinito,

Frente um vórtice, meu batel afunda...

Sem convicções, somente veleidades

D'outro espírito andejo, embalde aflito.

Impera o enigma na mente fecunda.

Mário Neto
Enviado por Mário Neto em 19/07/2011
Reeditado em 20/07/2011
Código do texto: T3104156
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