PÁLIDA MARIANA

Pálida Mariana, sentada à janela,

Esperava por mim todo o dia,

Tecia segredos só dela –

Esperava por mim... e sorria.

De brancas mãos na tela,

O rosto pálido se constrangia,

Mariana esperando à janela –

Esperava por mim... e sorria.

E quando já noite, adentro,

Chegando eu de novo alento,

Mariana calava o que sentia,

E olhando-me com pia ternura,

Sempre fiel, Mariana tão pura,

Por mim esperando, calando sofria.

Jorge Humberto

(20/07/2003)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 05/12/2006
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