"SONETO DO SONHO SONHADO"
Passo dias e horas, com pensamento distribuído
Alheio até de mim, mas pus-me a te chamar
E não consigo, nem por um segundo parar de te amar
Com meu coração, apaixonado, o que terá acontecido?
Minha alma sobrevive, o corpo já adormecido
Que meu sonho não seja em vão, devo pois, sonhar
Quando chegares, áh, sei bem o que devo falar
Ter minha vida, meu amor, tudo, agora repetido
Muito me inspiras, mas... o que digo então?
A esperança, sei... talvez (penso) sejam favas contadas
De tanto amor, meu soneto não contempla um “não”
Saudade, gigante, que virou coisa quase pequenina
Águas passadas, não devem ser comemoradas
São só sonhos, um engodo, tentei enganar minha sina
RENÉ CAMBRAIA