"SONETO DO SONHO SONHADO"

Passo dias e horas, com pensamento distribuído

Alheio até de mim, mas pus-me a te chamar

E não consigo, nem por um segundo parar de te amar

Com meu coração, apaixonado, o que terá acontecido?

Minha alma sobrevive, o corpo já adormecido

Que meu sonho não seja em vão, devo pois, sonhar

Quando chegares, áh, sei bem o que devo falar

Ter minha vida, meu amor, tudo, agora repetido

Muito me inspiras, mas... o que digo então?

A esperança, sei... talvez (penso) sejam favas contadas

De tanto amor, meu soneto não contempla um “não”

Saudade, gigante, que virou coisa quase pequenina

Águas passadas, não devem ser comemoradas

São só sonhos, um engodo, tentei enganar minha sina

RENÉ CAMBRAIA

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 18/07/2011
Código do texto: T3102573