ROSALINDA

Rosalinda, no seu caminho de casa,

Leva consigo resquícios de menina:

Trava o passo, se alguém passa,

Como quando era pequenina.

E logo no rosto sardo se enlaça,

Ligeiro rubor que combina,

Escarlate vestido com que laça

O seu corpo, na posse feminina.

Rosalinda, é hoje mulher amada,

E dos homens sua loucura!

São como matilha acossada,

Perseguindo o que julgam ser seu,

Por ministério ou por feiura,

Nunca por consentimento teu.

Jorge Humberto

(11:12/Maio!02/03)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/12/2006
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