Laryssae Oculi Virides

Verdes seus olhos, como jasperitas

Animosas, enublam-se, alvorecem,

Reverberam o mundo ou se esquecem

Da hora numa quista ultra petita.

Até quando se furtam trazem graça,

Fazem graça de seu espectador

Embevecido e voltam com mais cor,

Mais vida, em seu molde de rosaça.

Não deixe Mnemosine que eu me esqueça

Dos olhos glaucos, circum-estonteantes.

E que mesmo a memória me aconteça

De encantarem até que, suspirante,

Conceda a Moira que ela me apareça

Com o encanto de seus olhos verdejantes.

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 03/12/2006
Código do texto: T308772