Verdes seus olhos, como jasperitas
Animosas, enublam-se, alvorecem,
Reverberam o mundo ou se esquecem
Da hora numa quista ultra petita.
Até quando se furtam trazem graça,
Fazem graça de seu espectador
Embevecido e voltam com mais cor,
Mais vida, em seu molde de rosaça.
Não deixe Mnemosine que eu me esqueça
Dos olhos glaucos, circum-estonteantes.
E que mesmo a memória me aconteça
De encantarem até que, suspirante,
Conceda a Moira que ela me apareça
Com o encanto de seus olhos verdejantes.
(www.eugraphia.com.br)