Plágio
(O dualismo entre a emoção da alma e a razão do peito, o espiritual e o material, o perene e o fugaz... a luta entre a vida e a morte... entre o que é eterno... e o que é efêmero).
(Versos decassílabos heroicos)
Gostaria de saber por que tu roubas
As minhas aventuras de deleite
Também as desventuras se eu deite
Eterno no meu leito em que descansas
Eu bem sei que teus sonhos são açoite,
E não posso julgar-te se te culpas
Nem tampouco pedir que tu não sintas
O nosso caminhar em triste noite
Não quero tão somente o teu adeus
Porém vivas em teu doce acalanto,
E eternamente morras em teu pranto
Pois bem sei, choras tu os medos teus
E embora seja este o teu espanto,
Ó peito, não copies os sonhos meus...