Khalepà tà kalá

Tu és a forma lívida e hesitante

Que ao longo de um regato balanceia,

Para si, em si. Vulto na areia,

Eflúvio das marés, sombra de um antes.

Do Zéfiro és o sopro auroreal

Que afaga as faces lânguidas de quem

Trilha uma estrada incerta, por caligem

Envolta, assombrada pelo mal.

És o toque sincero e amigo,

E o hino que ao longe reverbera

Dos celestes em meio ao índigo;

Um lírio tíbio posto em meio a feras.

E a mesma qualidade por que o imigo

Eludes faz-te exemplo de quimera.

(www.eugraphia.com.br)

Leonardo Antunes
Enviado por Leonardo Antunes em 30/11/2006
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