Tu és a forma lívida e hesitante
Que ao longo de um regato balanceia,
Para si, em si. Vulto na areia,
Eflúvio das marés, sombra de um antes.
Do Zéfiro és o sopro auroreal
Que afaga as faces lânguidas de quem
Trilha uma estrada incerta, por caligem
Envolta, assombrada pelo mal.
És o toque sincero e amigo,
E o hino que ao longe reverbera
Dos celestes em meio ao índigo;
Um lírio tíbio posto em meio a feras.
E a mesma qualidade por que o imigo
Eludes faz-te exemplo de quimera.
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