NÃO MAIS

Meus olhos esperam por ti, ansiando,

Minha respiração é um mar de frescura,

Dispo-me de todas as armas – tirando

À ilusão toda e qualquer candura.

Eu sou aquele que viveu no engano,

E que se recusou a toda a ternura,

E sou porque fui, de mim levando,

Aquele que tirando se achou em amargura.

Não mais o utópico em mim,

Não mais a afronta desleal,

A mordedura, o cilício ou afim.

E que seja por mim... e que seja por ti...

E se este for um qualquer Ideal,

Que ele não seja prisão em si!

Jorge Humberto

(11/07/2003)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/11/2006
Código do texto: T295610