As águas do Lete
Desenganos, eu vivi desenganos
Que tanto essa vida apresenta
Nadei no Aqueronte de tormenta
Vaguei sem rumo entre esses tiranos
Meus lábios encostei nos de profanos
Provei de dor que ninguém mais aguenta
Quem sempre do Inferno experimenta
Não quer mais lá ficar pelos seus anos
Depois de todo esse sofrimento
No Lete derramei o meu lamento
Bebi das águas que de tudo esquece
O vento me a sua presença
Jogando, pra bem longe, a descrença
Estou de volta à vida. É o que parece.