As águas do Lete

Desenganos, eu vivi desenganos

Que tanto essa vida apresenta

Nadei no Aqueronte de tormenta

Vaguei sem rumo entre esses tiranos

Meus lábios encostei nos de profanos

Provei de dor que ninguém mais aguenta

Quem sempre do Inferno experimenta

Não quer mais lá ficar pelos seus anos

Depois de todo esse sofrimento

No Lete derramei o meu lamento

Bebi das águas que de tudo esquece

O vento me a sua presença

Jogando, pra bem longe, a descrença

Estou de volta à vida. É o que parece.

Odisseu Castro
Enviado por Odisseu Castro em 20/04/2011
Reeditado em 07/08/2012
Código do texto: T2920090
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