NO PAÍS DAS MAGIAS

Amo a paz do quintal de arvoredo e nascente;

onde mora um casebre sem nível nem vinco;

no qual sinto que a vida não parece urgente,

porque sonho; bem quero; fantasio; brinco...

Pela velha janela que dispensa trinco

vejo a lua minguar; logo é nova, crescente,

fica cheia e derrama sobre o teto em zinco

sua luz tão macia; leitosa; envolvente...

Paraíso modesto e de beleza mansa;

o relógio boceja, espreguiça e descansa,

porque sabe que o tempo faz retiro e sesta...

Esse canto que abriga o país das magias

fertiliza meu peito e replanta energias;

a minh´alma percebe que o silêncio é festa...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 18/04/2011
Código do texto: T2915846
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