Ágata Rosa

Qual brisa em turva tarde, ó linda flor

Tu renasces no orvalho em que te findas,

Açoite por tua cor em que transformas

Doce aroma em que exalas teu calor

Se és rosa, qual pedra, qual o amor

Em teu sonho és ilusão porquanto brilhas,

Mas tu vais ao deixar teu dissabor,

Saudade que tu deixas se me fitas...

Mas eu sei, és o ser mais deslumbrante,

Se verde, azul celeste ou furta-cor

Importas que eu venha neste instante?

Pois bem sei tu conheces o fulgor

Em mim ao contemplar o teu semblante:

Não permitas que eu sinta esta dor!