Visita da Morte
A sombra tenebrosa se aproxima
Querendo me levar por terra abaixo
Com rosto tão tristonho e cabisbaixo
E foice em mãos, que a ninguém anima.
Mesmo que o meu destino esteja acima
Ela me diz que ali eu não encaixo
Deixando-me ainda mais pra baixo
Quem é que, ouvindo isso, não desanima?
- Ó poeta, chegou a sua hora
Segure minha mão, vamos embora!
Assim me diz a Morte com confiança.
Mas ainda tenho força pra dizer
Que nada disso vai acontecer
Ainda tenho, em Deus, muita Esperança.