Soneto à lua

Ó lua, por que te escondes no momento

Se até o desencanto é presente

Tu não vês que abandonas quem ressente

Tua ausência por fugires em lamento?

O brilho de teu halo em plena noite

Ilumina o silêncio qual tormento

Pois, se ocultas tua luz, és como açoite

E vertes solidão em sofrimento

Cansada destes loucos desencontros

Nestas mentes tão insanas, sem razão

Que vivem vidas vãs que em vão se vão

Anuncias que perdeste tua ilusão

E guardaste só pra ti os teus encantos

Deixando para trás escuridão