Enfeite

Permitam-me os olhos olhar para a lua

No céu encontrar infinitas estrelas

Achar que os buracos da estrela d'alvura

São marcas de queijo. Que modo de vê-las...

Que bom era ver lá no céu algodão

Saudades da época que água era água

Delírio viçoso da contemplação

Que o H2O tira com técnica árdua.

Tornamos tão morna a chuva que cai

Que o corpo nem sente o quente ou gelado

E um rico detalhe inotado se esvai.

De ser um sensível eu mesmo me agrado

Meu corpo, ma alma, sentí e deixai

O mundo a ta volta mais bem enfeitado.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 12/03/2011
Código do texto: T2843519
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.