Enfeite
Permitam-me os olhos olhar para a lua
No céu encontrar infinitas estrelas
Achar que os buracos da estrela d'alvura
São marcas de queijo. Que modo de vê-las...
Que bom era ver lá no céu algodão
Saudades da época que água era água
Delírio viçoso da contemplação
Que o H2O tira com técnica árdua.
Tornamos tão morna a chuva que cai
Que o corpo nem sente o quente ou gelado
E um rico detalhe inotado se esvai.
De ser um sensível eu mesmo me agrado
Meu corpo, ma alma, sentí e deixai
O mundo a ta volta mais bem enfeitado.