Brinde

Um brinde à loucura deste mundo

À ironia de momentos desvairados

Que, por sóbrios, estão sempre embriagados

Pelo dia, pois a noite é tempo infindo

Mas cai após a tarde entorpecida

No calor que queima e arde em pele fria

E na chuva o queimor que agonia

É oposto em pensamento que transborda

De emoção a cada taça derramada

E o motivo é o ciclo que se finda

Que se vai no cansaço desta lida

Pois insiste em pulsar ‘inda que dure

O coração no enfado em que se arrasta

Em um brinde à incoerência desta vida