CASTRO ALVES - HOMENAGEM
CASTRO ALVES
Era a noite de horror da escravatura,
e o negro – simples coisa do senhor –
réu de um crime, o de ter a pele escura,
nascia condenado ao desamor.
E, trilhando as veredas da amargura,
sob o relho impiedoso do feitor,
sofria, desde o berço à sepultura,
a maldição - que a maldição tem cor !
Eis que o brando de um branco se alevanta :
é CASTO ALVES que, em versos, se agiganta,
clamando pela humana liberdade !
Por isto, a terra escura, comovida,
ao receber seu corpo, agradecida,
deu-lhe a glória sem fim da Eternidade !
Élton Carvalho