CASTRO ALVES - HOMENAGEM

CASTRO ALVES

Era a noite de horror da escravatura,

e o negro – simples coisa do senhor –

réu de um crime, o de ter a pele escura,

nascia condenado ao desamor.

E, trilhando as veredas da amargura,

sob o relho impiedoso do feitor,

sofria, desde o berço à sepultura,

a maldição - que a maldição tem cor !

Eis que o brando de um branco se alevanta :

é CASTO ALVES que, em versos, se agiganta,

clamando pela humana liberdade !

Por isto, a terra escura, comovida,

ao receber seu corpo, agradecida,

deu-lhe a glória sem fim da Eternidade !

Élton Carvalho

Élton Carvalho (em memória)
Enviado por Élton Carvalho (em memória) em 03/03/2011
Código do texto: T2826808