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Perfil

Queridos irmãos de sonhos do Recanto das Letras:





Élton Carvalho nasceu em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, no dia 29 de agosto de 1916 e faleceu na mesma Cidade, no dia 03 de março de 1994. É um nome nacionalmente conhecido, admirado e respeitado, seja como o Poeta que compunha poemas, sonetos, trovas etc., seja como Professor Militar, (General do Exército Brasileiro), Conferencista, seja como chefe de família, amigo etc. em síntese, um grande brasileiro que nasceu para brilhar no campo das Armas, na Poesia, no Magistério , no seio da família.

Élton Carvalho, que fazia Trovas de todos os gêneros, apesar de produzir muitas trovas humorísticas brincando com as sogras, as coroas, era um grande admirador das mulheres e um genro excepcional, que demonstrava em cada palavra, em cada gesto, o carinho e o respeito que devotava à sua sogra, à sogra de seus amigos, às pessoas idosas, aos humildes.

Assim sendo, como mulher e porque não dizer, como coroa e viúva de Élton Carvalho, espero que cada sogra, cada coroa, cada mulher, leia com muito carinho os seus trabalhos, de primeiríssima qualidade, como terão oportunidade de comprovar.

Élton publicou vários livros: “Instantâneos”, 1973 (200 Trovas líricas e filosóficas); “Sogra, Coroa, Bebida e Outras Bombas”, 1974 (200 trovas humorísticas); “Ciranda de Sonhos”, 1979, (200 trovas líricas e filosóficas); “Aquarelas”, 1981 (500 trovas líricas e filosóficas);

“Rosas na Pedra” 1984 , (com 40 poemas e 25 sonetos) e “Sogra... & Outras Piadas” 1993, ( com 250 trovas humorísticas).

Foi o único autor a produzir dois livros exclusivamente com trovas humorísticas.

Deixou inéditos os livros : Oásis; Ferro Velho; Rosas na Pedra; A Vida em Quatro Versos; Feira de Humor; Piadas sem Sal; Sucata; (todos de trovas) A História do mau Sapateiro; (contos) Miragens; (sonetos) etc.

Agradecendo ao Recanto das Letras pela oportunidade de poder divulgar Élton Carvalho e aos Recantistas que, certamente, visitarão sua Escrivaninha, almejo que Deus proporcione a todos muito sucesso e felicidade infinita.

Maria Nascimento Santos Carvalho




O Lenço

Quando os que amam, soluçam de ansiedade
no instante da fatal separação,
o lenço é uma bandeira de saudade,
que traduz o amargor do coração.

Quando a sombra da noite a Terra invade,
cumpre o lenço, também, doce missão :
enxuga o suor daquele que, em verdade,
faz do trabalho a própria devoção.

Quando a Mãe de Jesus chorava tanto,
sem ter com que secar o triste pranto,
Deus, percebendo o seu valor imenso,

para enxugar a lágrima que corre
dos olhos dos que choram por quem morre,
deu luz a um poeta, e o poeta fez o lenço !

Èlton Carvalho