Soneto à mulher amada
De um amor sincero e sem virtude
Silencioso, eterno, e a cada instante,
Existe, meigo, calmo, delirante
O desejo de te amar mais do que pude
Quero senti-lo neste instante e eternamente
E em teus braços viver-te, amiúde
E em meus laços envolver-te, docemente,
Sentindo-te doce, sentindo-me rude
E para sempre haverá de existir
Meu amor que é teu, vivo e ardente
E será mais forte, ao te ver sorrir
De um amor meigo e com saudade
Uma louca paixão hei de sentir
E seremos só um, na eternidade