Verão

Nessas tardes de verão, muito vermelhas,

Ardem as mais afogueadas rosas,

E ao passares por mim, tão perfumosa,

Sinto dos céus a divinal centelha...

A noite cai na escuridão, já quase velha,

Espargindo ao léu as ânsias mais idosas

Em seus ardores de senhora poderosa

Que faz fulgir no espaço etéreo bela estrela...

E a luz da lua a pratear teu níveo rosto

Põe-me a sonhar candentes noites de outrora,

Quando eras tu, a bela musa, ao meu gosto...

E vejo então que do verão, fugiu ao posto

O salva-vidas que não chega a tempo e hora.

Vou-me afogando, pelas vagas do desgosto...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 02/02/2011
Reeditado em 02/02/2011
Código do texto: T2766860
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