GALOPE
Cavalo feito de alquimia e vento,
veloz miragem que domina o tempo,
o poema é sempre muito mais que o poeta,
vértice do universo, que é divino.
No galope, descubro imensidões
de delírios que brotam como rios,
sóis que desbotam, rastros desenhados
na insanidade amarga de quem voa ...
E a crina feita em asas, sem limites,
é onde me agarro, como às catedrais
que se erguem sobre nuvens, implausíveis.
E as patas já não deixam rastros - olhos
mostram as luzes do caminho aberto ...
No galope de sonho, enfim, sou poeta!
Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...
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