Descrença
Por tantas vezes tive você nos meus braços,
Por quantas noites tive você no meu quarto,
Bem como tive, fartamente, os teus abraços
E os teus beijos de sabor feliz e farto...
Não apertamos os nós de nossos laços,
Nosso carinho feneceu, e foi infarto,
Os corações não se alcançaram, mero fato,
Foram maiores nossos tolos embaraços...
Não resistiu a empatia à indiferença,
Nossa querença quase que vira doença,
Morreu nosso amor que nunca se amou...
No entanto, ainda penso nesta descrença,
Ainda sinto a dor da convalescença,
Neste meu peito que jamais cicatrizou...