A PAZ NO OLHAR DE GABRIELA
À memória de Gabriela
À coragem e ao amor de seus pais
Encontro a Paz no olhar de Gabriela
- esse olhar de olhos que já não existem
mas que, cheio da mágica da vida,
eterniza o momento em que passou.
E de nada adianta a sombra amarga,
nem o ardil da violência, pois seu olhar
persiste como o vento que há milênios
abre caminho para o vôo dos pássaros.
Vejo no olhar feliz de Gabriela,
que transborda esperança e se renova,
tanta semente e brilho, tanto sonho,
que nele identifico o mesmo olhar
de minha filha – franco, imaculado
e com todo o futuro pela frente ...
Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...
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A estudante Gabriela Prado Maia Ribeiro, de 14 anos, teve a vida interrompida,
durante um assalto no metrô da Tijuca.
Era a primeira vez que a jovem saia sozinha de casa numa espécie de liberdade condicional imposta pela insegurança pública.
Um de seus algozes, já havia sido preso e condenado, mas voltou para a rua beneficiado por uma brecha na lei. A impunidade que matou Gabriela, mata pelo menos 105 inocentes por dia no Brasil.
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