Sem luz

Sem luz eu estou, apagão na cidade

Contemplo somente uma luz de lanterna

Um pouco em desfoque ilumina-me, invade

Que coisa esmerada! Essa luz é mui terna.

Queria poder ser lanterna no mundo

A luz de uma estrela num céu mitigado

No negro da noite e num sono profundo

Viesse um refresco pro solo assolado.

Não chores, ó alma, desfaça-se o pranto

O sol da manhã não mais tarda, há de vir

A luz cobrirá todo o céu como um manto.

No escuro eu termino o que a luz findará:

Um soneto sem luz.............................

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Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 25/12/2010
Código do texto: T2691325
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