Onde estás?
Abro os olhos, não te encontro, morrerei...
Não ver-te a cada dia é um suplício,
Lembrar-te a cada instante é um vício,
E sem beijar-te, sei que não viverei...
Onde estás? Onde te encontrarei?
Onde fica teu paraíso factício?
Em que loucura escondeste teu hospício?
Ah! Deus! Como te resgatarei?
Dá um sinal, mostra-me teu destino,
Que já sofro todo o martírio peregrino,
De buscar-te sem consolo e sem valia...
Meu coração dilacerado e pequenino,
Vive a esperar por um prodígio do divino,
E descobrir-te na noite de tez sombria...