Morto e Enterrado

Viveres tu metido outra vez em minha vida?

Defenda-me Deus do horror dessa má hora,

Que não me dê taça de tão amarga bebida!

A cada dia comemoro o dia que vim'embora...

Jamais pensaria d’onde estou eu agora,

O estapafúrdio de conviver com tua cara lambida,

E ainda que vivesse eu na mais plena amargura,

Não toleraria-te a estorvar minha árdua lida...

Não sentes tua patética estolidez, micróbio?

Nem cadáver eu passarei por tal opróbio,

Retornar ao inferno da tua convivência...

E advirto: Não prendas ilusões, ser pacóvio!

Que só tu não percebes quão profundo e óbvio

É o asco incontido que sinto na tua presença...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 24/12/2010
Reeditado em 10/10/2011
Código do texto: T2689087
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