Apenas o começo...

Há um mistério, entre uma onde de incógnitas. Disparam simultaneamente um ofego de recordações. afloram o corpo da menina. Esta permanece sentada, no centro de uma grande sala, as suas belas e longas pernas ocupam o espaçoso sofá. Com o seu rosto pousado é inevitável não reparar nos olhos, incandescente, daquela menina, azul, era a sua cor. Com os lábios deliciosos e com os olhos postos na tv, murmurou.

- Num mundo gigante, pequenos fragmentos fazem a diferença. Ninguém frisou o meu rosto, quando caído no vazio, encontrou-se, sem brilho, sem alma.

Anunciou-se, contudo o silêncio, daquela sala, permaneceu inalterado.

A pequena menina, transmitia beleza, acordada ou a sonhar, a cor branca, da sua pele, dissipava no ar moribundo, contra as paredes ocas, invadidas pela solidão.

Após indeterminado segundos, quebrou-se o silêncio e na porta, bateram, com alguma densidade.

Sobressaltada, e ainda envolvida pela solidão, levantou-se calmamente. Ao chegar à grande porta, olhou em direcção ao espelho, que se avistava ao longe, neutro e escuro era a sua definição, pessoal. Arranjando, inconscientemente o cabelo, suavizou a sua pele, com um toque de mãos e finalmente, abriu a porta.

Já com a porta aberta e com um pequeníssimo sorriso nos lábios, deixou-o entrar.

A porta fechou-se e o ambiente alterou-se, parecia ser, o mesmo estranho de sempre, com um casaco de lã, comprido, uma calças típicas de um senhor, com um impacto na sociedade e sempre com, aquela pulseira feita de cores quentes no pulso. Transmitia-lhe uma vida perdida.

Mantiveram-se em silêncio o ambiente tornara-se, a cada minuto, mais frigido e tenso.

A pequena menina, dirigiu-lhe um olhar, e pausadamente ouviu-o deliberar:

- Houve, com atenção, e antes de reagires livremente, reflecte… “É o desejo da tua mãe”.

Hoje, faz um ano, onde os nossos mundos sentiram as amaras da vida, a flutuarem, como pequenos seres inquietantes a beijarem o nosso corpo, sentimos dor, vazio e insuficiência que nos marcou o corpo e ferio a alma. Hoje, será o dia que, com a tua companhia, darei, o que lhe nunca foi concedido, enquanto viva se mantinha.

Sem, Obter uma resposta ou um simples olhar, continuou.

- Vamos ao jardim, agarrar o doce aroma das Tulipas, com sorte, ainda podemos encontrar a erva-doce que tanto lhe dava prazer… E com aquele quadro, esquecido, no teu quarto, à meses, iremos em busca, do lindo Tumulo que preenche a sua nova casa.

Iremos agradecer a sua companhia, de todos os infinitos dias passados, ao seu lado e com um beijo, sublime, dá-se a despedida.

http://www.youtube.com/watch?v=KKGuhi-em44

Liliana Ferreira
Enviado por Liliana Ferreira em 21/12/2010
Reeditado em 21/12/2010
Código do texto: T2684259