26-11-2010
Um novo dia, uma nova alma incandescente que atravessa, a
brisa da manhã, invadida pela luminosidade do amanhece.
Tudo permanece inalterado, a monotonia da rotina diária,
o mesmo carro onde decorro o sucessivo caminho até à
escola, aquele grande lombo que atravessa a montanhosa
montanha que vivo... Enfim, Tudo se torna mais facíl
quando, entrego a minha mãe ao seu respectivo trabalho, e
lá vou eu, juntamente com a perfeição do meu ser para
escola, ambulante, onde represento estudar. Paramos
constantemente o carro no local habitual, e percorremos
um pequeno trajecto até ao nosso café matinal, diário,
acabamos sempre por comer algo ou deixar-nos deliciar
pelo café que nos acompanha, durante a conversa que cabe
a nós, sozinhas, desenvolver. Sem uma tentação para
descobrir, sem encontrar um pequeno fragmento, pormenor
que me faça reviver, tudo mantêm-se igual e inalterado. É
deste modo que entras dentro de mim, num foguete que
aquece o meu corpo, deixando o intenso sabor, das tuas
palavras, silenciosas nos meus lábios. Invadida pela tua
presença, esqueço, que há neste mundo, condições
incompreensíveis e regras das quais esqueço
permanentemente e recorro-me à tua imagem para poder
finalmente, sentir, sentir o tempo parar, recordando o
teu corpo perto do meu, com a ausência empírica, senti
realmente o amor a decorrer diante da minha alma,
deparando-me com aquele momento de que me lembro
pormenorizadamente. A 1º vez, aquela vez, onde os meus
olhos levaram-me à tua imagem, os meus pés cheio de
exaltação andavam, sem ser comandados em tua direcção.