VOO INTERROMPIDO ...
Ave frágil, coruja desconexa,
procuro o ninho a toda volta, triste
- Interrompido o voo que se sabia
para que outra rota se criasse.
Do horizonte, ressurgem passageiros
de algum barco perdido, flor solar
intrometendo luz contra a neblina,
tempos vários que formam um só tempo ...
Tenho visões, num transe incontrolável
que só aos poetas mortos se permite,
e não mais reconheço meu reflexo!
Pergunto ao vento como tudo acaba ...
- Então é assim!? Nada mais que brilho,
lampejo tão veloz que não se conta?
Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...
Download gratuito