MAR DA VIDA ETERNA 

Se, do horizonte pleno de gaivotas,
já posso ver o tempo – que parou
nesses cantos – pressinto o desencontro
dos barcos, à deriva, com o porto. 

Mas, qual se, destas nuvens, um espírito
divino se tornasse vento, as velas
encontram o caminho, na certeza
de que o mar sempre leva à terra firme. 

E lá, são caravelas e galeões
que reencontram o rumo, são navios
de guerra que conhecem Paz, enfim. 

São pesqueiros fantasmas, velhos náufragos
e criaturas marinhas, esquecidos,
que se unem neste Mar da vida eterna ...

 

Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...

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