Soneto ao Sonho que Visitou meu Sono
Noite dessas, sonhei estar às ruas de Viena, num passado distante (talvez século XV ou XVI), escrevendo poemas e cortejando uma donzela tão bela quão indiferente. Não sei, naquele sonho, qual era meu nome, mas lembro-me de que era um poeta muito festejado. Daí, este soneto bobo, sonhador, mas vindo da alma...
Por tantas vezes te divisei na janela,
Sonhadora, sempre a olhar o céu...
Galante, tocava a pluma em meu chapéu,
Mas não me vias, arrebatada donzela...
Estava eu a singrar as ruas de Viena,
A flanar num passado que (quem sabe?) vivi,
A sentir as dores que não sei se sofri,
A deslizar minha emprestada pena...
Era eu o magistral poeta, o renascentista
Que se furtou no sono à presente vida e fugiu,
Para viver as ânsias de uma alma saudosista...
A saudade de um mundo quase estranho a meu ser,
A nostalgia das clássicas letras, que ora ruiu,
Talvez a vontade de uma vida passada reviver...
Aleki Zalex
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A querida amiga Poetisa Rosa Serena, me presenteou com um lindo soneto, que transcrevo aqui, para que todos compartilhem comigo da beleza deste precioso presente!
Não foi um sonho que tiveste
Nobre poeta do coração
Foram as lembranças diletas
Que trazes guardadas com emoção!
Estão gravadas em tu'alma
Mesmo que não consigas entender
Pois o amor verdadeiro
Não há como dele se esquecer!
E hoje em projeção astral
Foste tua bela visitar
e matar a saudade que vivia!
Num ápice de tempo se encontram
Em muitas vidas já vividas
E em extase projetam-se ao infinito!
Obrigado amiga! Comoveste meu coração!