A Profunda Tristeza de Malva Branca

Malva hoje é triste por desamor,

Na ribalta se faz silente sua canção,

A alma entregue à dor e à desolação

Da vida já não atina qualquer sabor...

O glamour da fantasia perdeu a cor,

Restou um lamento calado no coração,

A aura viscosa cheira a devastação,

Não mais guarda recordações de amor...

Cai o pano, sua vida vai ao chão!

Cenas entorpecidas desfilam langor

Pelos palcos da sua perdida ilusão...

E o anjo violáceo da consternação

Abre as asas sobre seu mórbido torpor

E toma sua desgraça pela mão...

(Do livro Flores de Cristal)

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 12/12/2010
Reeditado em 16/12/2010
Código do texto: T2667002
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