A Profunda Tristeza de Malva Branca
Malva hoje é triste por desamor,
Na ribalta se faz silente sua canção,
A alma entregue à dor e à desolação
Da vida já não atina qualquer sabor...
O glamour da fantasia perdeu a cor,
Restou um lamento calado no coração,
A aura viscosa cheira a devastação,
Não mais guarda recordações de amor...
Cai o pano, sua vida vai ao chão!
Cenas entorpecidas desfilam langor
Pelos palcos da sua perdida ilusão...
E o anjo violáceo da consternação
Abre as asas sobre seu mórbido torpor
E toma sua desgraça pela mão...
(Do livro Flores de Cristal)