Funesta Namorada

Por te amar em demasia e sem medida,

A minha paz perdi nas negras madrugadas,

A percorrer com avidez tuas estradas,

Gastei meu viço e fiz minh’alma abatida...

Nos teus caminhos minha fé foi suprimida,

Não alcancei as plenitudes tão sonhadas...

Meu coração teve as vontades dissecadas,

Minha pujança debruçou-se combalida...

Hoje eu vejo com tristeza essa lida,

Essa empresa descabida e desvairada,

De buscar-te como amor de minha vida...

Sem suspeitar tua aflição dissimulada,

Não percebi a tua alma deprimida,

E fiz da dor minha funesta namorada...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 29/11/2010
Reeditado em 16/01/2014
Código do texto: T2643388
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