DUELISTA

Manejo espadas em meus olhos, trilho
duelos intermináveis por temer,
apenas, o que emerge de mim mesmo
e cauteriza os sonhos e asfixia ...

Visito o limbo e conto velhas fábulas
às sombras que me envolvem e acompanham,
enquanto me convenço de que sigo
seguro em armaduras e disfarces.

Iludo o tempo e refugio o passado
nas pegadas compostas ao acaso
pelo andar sinuoso dos relógios.

Sou tão vasto em mim mesmo, que esbravejo
e não escuto - e desafio desejos
que não se rendem, com poesia e escárnio!

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Parte da coletânea
Alguns sonetos que fiz por aí...

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