Perfumada Saudade

Noite já alta, contemplo meu jardim,

Minha face recebe na brisa amena

Os beijos perfumados da verbena,

Da açucena, do lírio, do jasmim...

Inebriante, o cheiro do alecrim

Enlaça-me numa alegria serena,

Inebriado, tomo de minha pena

E teço em aromas um soneto afim...

A poesia e o perfume, de mãos dadas,

Bailam em minha sala diante de mim

Com olhos ternos e bocas enamoradas...

Minha saudade e minha alma, entrelaçadas,

Refestelam-se nas fragrâncias deste festim

E sorvem as lembranças tuas, tão perfumadas...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 18/11/2010
Reeditado em 18/11/2010
Código do texto: T2622013
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