"I M U T Á V E L"

Decerto estranharás que nos meus versos,

nestas quadras de amor que vou rimando,

nunca o teu nome passe, perfumando

os meus pobres vocábulos dispersos.

E quedarás talvez, triste, pensando,

- os negros olhos em pesar imersos -

que os meus afetos de hoje são diversos

desses que outrora eu te contei, cantando.

E, no entanto, este amor, velado, embora,

é ainda o mesmo que ele foi outrora,

da mesma forma ainda o meu astro anima.

Que eu oculte o teu nome, nada prova,

porque estás toda, inteira, em cada trova

e vives palpitando em cada rima.

LUDY... só isso posso dizer:

e u t e a m o

Cwb, 28.10.2010 - 03:30h

(*) Antonio Lobo (1870/1916)

Lobo da Madrugada
Enviado por Lobo da Madrugada em 28/10/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2582877
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