"V E M ..."
Escrúpulos?... Escrúpulos!... Tolices!
Corre aos meus braços! Vem! Não tenhas pejo!
Traze teu beijo ao encontro do meu beijo,
e deixa-os lá dizer que isto é doidice!
Não esperes o gelo da velhice,
não sufoques o lúbrico desejo
que nos teus olhos úmidos eu vejo!
Foges de mim?... Farias mal... Quem disse?
Ora o dever! - o coração não deve!
A amor, se é verdadeiro, não ultraja
nem mancha a fama embora alva de neve.
Vem!... Que o teu sangue férvido reaja!
Amemo-nos, amor, que a vida é breve,
e outra vida melhor talvez não haja!
LUDY... stou com sds.
Cwb, 28.10.10-03:15h
(*) Artur Azevedo (Arthur Nabantino Gonçalves de Azevedo,
nasceu em São Luís/MA, em 07 de julho de 1855 e faleceu a 22 de outubro de 1908, no Rio de Janeiro).