Soneto do Desejo d'Alma Errante

Despencou estrela cadente no céu,

olhos secos divisaram bela luz,

do dossel d'onde o desejo seduz

alma errante rasgou o fino véu.

Não demorou a formar-se o anel,

nos olhos d'alma o desejo reluz,

coração aflito toma a sua cruz

e trôpego vai por sombrio vergel.

E no topo do calvário, o algoz,

sedutor incansável d'almas sem paz,

sussurra com sua sibilada voz...

Um murmúrio de carícia tão audaz

que o pobre coração soa veloz

e sucumbe ao desejo mais fugaz...

Aleki Zalex
Enviado por Aleki Zalex em 15/10/2010
Reeditado em 06/03/2016
Código do texto: T2557286
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