RESMUNGOS DO POETA
O poeta, certa vez, reclamou o fim do amor
fato acontecido de repente, não mais que de repente...
e no poema, com lágrimas tentou transpor
o que não se transpõe ou se refaz, infelizmente!
O poeta, de outra feita, atirou na água um limão.
Ouviu o burburinho dos peixes em desagrado.
Ninguém soube responder: sim, talvez, não...
afinal, o que pode querer o ser amado?
O poeta, ainda insatisfeito, resmungou para o lado:
"Em que espelho ficou perdida a minha face?"
Não obteve resposta inteira ou satisfatória.
O fim do amor, a loucura ou o estar enamorado
sempre serão matéria de poesia, da fina arte
Tudo estará, com o tempo, nas folhas da memória