Águia

Olhos de águia, vôos da emoção

Meus pensamentos cortam o horizonte

Mas estou preso. Subo além do monte

Refaço-me em martírios, ablução.

Facadas vêm, penetram (viro presa)

Talvez me valha a pena, a vida siga

O solo infértil a dor mais forte abriga...

E no terreno nasce mais rijeza.

Toda força se esvai... No fim, fraqueza

Desprezível se torna qualquer proeza

N'alturas baixas vê-se real vitória.

Choco-me nas paredes, me desfaço

Valha-me tais martírios que me faço!

E a humilhação por fim se torne glória.

// Tomei por base o processo de renovação que traz longevidade às águias.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 16/08/2010
Reeditado em 16/08/2010
Código do texto: T2441310
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