Armadura

Um toque de destreza as mãos humanas

Disparam ante as guerras, ondas turvas

As mais ardentes setas, fogo em chamas

Convergem as veredas... Grandes curvas.

De um homem mercenário, um generoso

Insurge contrafeito contra o mal

Da lama à verde grama, um solo ervoso...

Humilde, se enxerga um ser mortal.

Atai ao coração à armadura

Que fere pra dispor do seu remédio

Machuca, pra depois trazer a cura.

A dor! Sim, eis que ela é o intermédio

Que liga a alma amarga à sã doçura

O amor e a dor compõem o ponto médio!

//Em outras palavras, aquilo que nos fere pode ser a mais fiel armadura a nos proteger, muitas vezes de nós mesmos... A dor faz parte de nossa jornada e nem sempre é um mal em si.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 16/07/2010
Reeditado em 11/12/2010
Código do texto: T2382202
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