Armadura
Um toque de destreza as mãos humanas
Disparam ante as guerras, ondas turvas
As mais ardentes setas, fogo em chamas
Convergem as veredas... Grandes curvas.
De um homem mercenário, um generoso
Insurge contrafeito contra o mal
Da lama à verde grama, um solo ervoso...
Humilde, se enxerga um ser mortal.
Atai ao coração à armadura
Que fere pra dispor do seu remédio
Machuca, pra depois trazer a cura.
A dor! Sim, eis que ela é o intermédio
Que liga a alma amarga à sã doçura
O amor e a dor compõem o ponto médio!
//Em outras palavras, aquilo que nos fere pode ser a mais fiel armadura a nos proteger, muitas vezes de nós mesmos... A dor faz parte de nossa jornada e nem sempre é um mal em si.