SONETO DA DOR DA AUSÊNCIA
A tua ausência me enche de um vazio
que tento compensar em outros abraços
mas não consigo acalento em outros braços
e torno a viver a vida em desafio.
Se o mal de não ter-te junto a mim
é para o bem da minha vida, tão-somente,
prefiro o desalento que acrescente
a dor de ter-te à angústia sem ter fim.
Melhor que andar às cegas, tateando,
pisando chãos por mim desconhecidos
a tropeços e a quedas me arriscando,
será caminhar por essa escura estrada
que já conheço de cor, de tempos idos,
e que não há de me levar a nada.
A tua ausência me enche de um vazio
que tento compensar em outros abraços
mas não consigo acalento em outros braços
e torno a viver a vida em desafio.
Se o mal de não ter-te junto a mim
é para o bem da minha vida, tão-somente,
prefiro o desalento que acrescente
a dor de ter-te à angústia sem ter fim.
Melhor que andar às cegas, tateando,
pisando chãos por mim desconhecidos
a tropeços e a quedas me arriscando,
será caminhar por essa escura estrada
que já conheço de cor, de tempos idos,
e que não há de me levar a nada.