Incorrigivelmente romântica, trocava as brincadeiras de menina por lápis e papel, colocando as impressões da vida (as que eu podia perceber) nas linhas, formando poesias...Quando dava por mim, o verso estava pronto...
Hoje, quando leio meus primeiros poemas, me pergunto se realmente havia sentido tudo aquilo... era muito intenso para uma menina de 11, 12, 13 anos...
(e comecei a namorar mais tarde que as minhas amiguinhas... rsrsrs)
Meus amores eram platônicos. Quase nunca o ser amado sabia que eu existia! E eu sofria muito (que tola, não é?)...
Mas agradeço os meus amores platônicos! Agradeço as lágrimas, as desilusões (provocadas por mim mesma...) e as noites que passei molhando de lágrimas o meu travesseiro... porque, antes do sol raiar, muitas folhas de papel haviam sido preenchidas com poesias!

E agradeço, também, ao poeta da minha infância: J.G. de Araújo Jorge. Ele me fez viver poesia!



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