TERRA INSEMINADA

Enquanto a flor de amigo vou ceifando

Me chamas de menina e de princesa

E eu perco-me a pairar na realeza

Desse teu meigo olhar azul e brando

E é mosto tua mão quando me afagas

E é verso o teu abraço me enlaçando

Doces rimas que em nós vão semeando

Uma flora de amor em secas plagas

Regadas pela seiva do desejo

Fertilizam de vida e de pujança

Areias que morriam sem esperança

E o verde nasce do calor do beijo

E os frutos tombam do ardor da cama

E a terra inseminada se proclama

***

In E-Book “Sonetos Escolhidos”

http://www.delnerobookstore.com/bibliotecas_virtuais/carmo_vasconcelos

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 06/09/2006
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