Enquanto a flor de amigo vou ceifando
Me chamas de menina e de princesa
E eu perco-me a pairar na realeza
Desse teu meigo olhar azul e brando
E é mosto tua mão quando me afagas
E é verso o teu abraço me enlaçando
Doces rimas que em nós vão semeando
Uma flora de amor em secas plagas
Regadas pela seiva do desejo
Fertilizam de vida e de pujança
Areias que morriam sem esperança
E o verde nasce do calor do beijo
E os frutos tombam do ardor da cama
E a terra inseminada se proclama
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In E-Book “Sonetos Escolhidos”
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